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A Primavera da Páscoa

Uma reflexão publicada na página das paróquias de Issy-les-Moulineaux, o P. Roger Khalil chamava a atenção para a analogia entre a Primavera e a Páscoa. Como todas as analogias, tem uma parte de semelhança e uma parte de dissemelhança. Tendo como fundo a fotografia do Chapim Real feita pelo Afonso Muralha, apresento-vos de seguida essas considerações.

Todos os anos, depois do Inverno, volta a Primavera. A natureza revive. Em cada ano, a seguir à primeira lua-cheia da Primavera, a Páscoa volta.

Como que há uma convergência entre o despertar da natureza e a Ressurreição de Jesus. O ritmo da natureza e o calendário litúrgico dão-se as mãos.

Porém, esta harmonia só diz respeito a metade do planeta. Com efeito, no hemisfério sul, a Páscoa é celebrada no início do Outono. Desvanece-se a tal convergência entre a Páscoa e a vida que renasce na natureza. O que nos chama a atenção para a enorme diferença existente entre o renascimento anual da natureza e o carácter único da Ressurreição de Jesus: o renascimento da natureza é cíclico; a morte e a Ressurreição de Jesus ocorre uma única vez, e de uma vez para sempre no longo caminho da Humanidade.

A morte de Jesus testemunha que não há maior amor que dar a vida por aqueles que amamos. A Ressurreição ensina-nos que o amor é mais forte do que a morte.

Estas certezas da fé abrem-nos novos horizontes. Em cada dia. Todas as manhãs. Esta “Primavera da Páscoa”, assim, é quotidiana.

Boa continuação de uma bela Páscoa! Cristo ressuscitou! Ressuscitou verdadeiramente!

P. José Manuel

Os nomes jubilosos

Os nomes jubilosos

Retomarás o cantoO alvoroço das cítarasAs EncantaçõesTénues ao atravessarmosOs campos Retomarás o honroso posto de observadorNo jardim do príncipeCalcularás o vento pelo levantar do fogoO ouro dos frutos pelo desenho dos odoresSaberás o enunciado dos fenosA idade...

Jesus, Maria e José

Jesus, Maria e José

Quem estudou teologia bíblica desde a segunda metade do século passado, habituou-se a considerar o episódio dos Magos e da fuga para o Egipto como um midrash.*Esta narração surge em espelho com o Êxodo, tendo como fundo a morte dos meninos hebreus por ordem do faraó....