Nas mensagens do Dia Mundial do Doente (11 de Fevereiro) é recorrente (e facilmente percebemos porquê) a referência à parábola do Bom Samaritano (recordemos, por exemplo, todo o capítulo II da encíclica Fratelli tutti). Cuidar do doente de forma a que as nossas relações com ele sejam de proximidade, tornando-nos verdadeiramente seus irmãos. Afinal, discípulos de Jesus que se aproximou de nós, aprendemos com Ele a sermos criadores de proximidade: «Na sua vida mortal, Ele passou fazendo o bem e socorrendo todos os que eram prisioneiros do mal. Ainda hoje, como bom samaritano, vem ao encontro de todos os homens, atribulados no corpo ou no espírito, e derrama sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança (do Prefácio Comum VIII).
Como nas Mensagens dos anos anteriores, o Papa recorda a difícil situação que vivemos com a pandemia, «todos aqueles que permaneceram terrivelmente sós durante a pandemia de Covid-19: pacientes que não podiam receber visitas, mas também enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar, todos sobrecarregados de trabalho e confinados em repartições isoladas».
Mas, na Mensagem deste ano, acrescenta a dramática situação da guerra; e afirma: «associo-me, pesaroso, à condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência: a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto».
Vivamos o tempo que nos é dado procurando cuidar dos doentes, cuidando da nossa pessoal relação com cada um deles.
- José Manuel