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Vigília em defesa da Casa Comum

Salvar o planeta, defender a vida junta 300 pessoas em Santa Isabel

A urgência manifestada pelo Papa Francisco em agir para conseguir mitigar as alterações climáticas que estão a destruir o nosso planeta reuniu mais de três centenas de pessoas na vigília Salvar o Planeta, Defender a Vida que teve lugar na tarde, noite e madrugada de 24 para 25 de novembro no terreiro em frente à Igreja de Santa Isabel.
A comunhão de sentimentos e a convergência no objetivo de cuidar da casa comum esteve bem patente na leitura de textos, nas preces, orações e cânticos que representantes de nove diferentes confissões religiosas, religiões e espiritualidades partilharam durante o momento inter-religioso que constituiu um dos pontos altos da vigília. Debates, intervenções musicais, testemunhos, poesia, atividades com as crianças e uma mesa-redonda com jovens encheram a noite durante a qual foram reparados, segundo a técnica japonesa Kintsugi, três taças partidas ao fim da tarde – simbolizando o que devemos fazer pelo nosso planeta: recuperar o que nele está partido. Uma dessas taças foi oferecida à nossa paróquia como recordação esta iniciativa.
Toda esta troca de reflexões, compromissos e partilhas ficou plasmada na Declaração de Santa Isabel sobre a crise climática aprovada durante a vigília e na qual para além de se enunciaram os compromissos individuais, familiares e coletivos que os participantes assumem se apela aos governantes portugueses que vão participar na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática (COP28), que se inicia no dia 30 de novembro no Dubai. Esse apelo em defesa da vida neste planeta é sintetizado em quatro pontos:
1) Aceleração da transição energética, garantindo um acordo global sobre uma data para o termo da exploração dos combustíveis fósseis, pondo fim à exploração / extração do carvão até ao final do próximo ano;
2) criação de mecanismos adequados de controlo, revisão periódica e sanção das violações das metas estabelecidas pelas partes, com ampla publicitação dos balanços periódicos realizados;
3) dotação generosa do Fundo de Compensação de Perdas e Danos e a sua operacionalização transparente e imediata. O Fundo deve estar rapidamente disponível e facilmente acessível aos países mais pobres para os compensar pelos danos causados pelas emissões de gases com efeito de estufa com origem nos países mais ricos e para se adaptarem às alterações climáticas por elas provocadas;
4) Compromisso de todos os países na promoção do protagonismo das comunidades mais frágeis no planeamento democrático das medidas urgentes para uma transição energética justa.
No final da vigília João Maria Carvalho cantou, no portal da Igreja, o Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis, canto que repetirá todas as manhãs no adro da Igreja até ao início da COP28 (30 de novembro), sempre às 07h30.

Grupo Cuidar da Casa Comum em Santa Isabel
Rede Cuidar da Casa Comum

Assembleia paroquial

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