Não há nada menos verdadeiro do que olhar para uma realidade só através dos números. Mas várias pessoas que responderam ao inquérito gostavam de ter uma ideia mais quantitativa do que estamos a falar quando falamos de paróquia. Aqui fica a informação dada pela Leonor Cardoso que vai para lá dos simples números.
Quantas pessoas frequentam as missas de fim-de-semana?
Não é fácil saber… Agora, depois das medidas mais restritivas da pandemia terem sido levantadas, mas ainda com os cuidados que temos… talvez umas 600 pessoas. Mas é uma estimativa muito por alto… As missas mais “concorridas” são as das 11h00 e das 19h30 de domingo. Em cada uma delas devem estar mais de 200 pessoas. Repara, a igreja é muito grande… se contarmos apenas os lugares sentados nos bancos compridos passamos das 500 pessoas, fora as que ficam de pé…
De onde veem essas pessoas? Moram todas na Freguesia de Campo de Ourique?
Quase que apostaria que é metade/metade. As paróquias em Lisboa são assim: as pessoas veem às celebrações dominicais por outras razões que não só o facto de morarem perto. Vêm pelo pároco, por terem os filhos na catequese e por outro tipo de relações…
Quantos são os meninos, meninas e jovens que estão a frequentar a catequese este ano?
Temos um pouco mais de 400 crianças e jovens inscritos. Mesmo em tempo de pandemia, o número de inscrições manteve-se. O que aconteceu durante este tempo foi, não uma redução de inscritos, mas uma diminuição na frequência da catequese. Os pais manifestaram, naturalmente, algum receio de os filhos terem atividades presenciais. Neste momento, as coisas estão já quase normalizadas.
E catequistas, quantos são?
Somos agora 63.
Quem escolhe e quem forma os catequistas?
Há uns que se oferecem, outros que é a coordenação da Catequese (Joana Caiado e Eleonora Lampreia) que convida. A formação dos catequistas é muito feita através das atividades do Majune.
O que é o Majune?
Majune é um movimento da paróquia que nasceu da geminação com a paróquia de Majune em Moçambique, mais concretamente no Niassa, cuja padroeira é Santa Isabel de Portugal. A relação entre as nossas duas paróquias já vem de longe. Uma das áreas de intercâmbio foi exatamente a catequese: os meninos de lá escreviam para os de cá e vice-versa; trocavam desenhos, contavam as suas vidas; etc… Hoje a relação é bem menor, mas na altura resolvemos batizar este movimento de Majune, para significar que era virado para fora da paróquia, para organizar campos de férias, encontros e atividades, envolvendo crianças e jovens não necessariamente católicos, mas para proporcionar a inclusão e o crescimento entre eles. Os catequistas são grandes animadores do Majune e muito dedicados a organizar as atividades com crianças de várias origens. É a melhor formação humana que podem ter.
O que oferece a paróquia a jovens adultos que queiram, por exemplo, ser batizados?
Nós entendemos que o catecumenato é muito diferente da catequese: não tem, por exemplo, que obedecer a inscrições, não começa com o ano letivo, começa quando alguém vem ter connosco. E também não é um caminho feito em grupo. É um trajeto mais pessoal, mais centrado numa relação pessoal de inclusão na comunidade. Habitualmente sou eu que faço esse acompanhamento, mas há outros paroquianos que também o fazem. Já na preparação para o crisma é diferente: temos um grupo que segue um calendário fixo com início em outubro de cada ano.
Quantos são, como foram escolhidos e que formação têm os leitores?
Atualmente devem ser 25. Para a sua formação pedimos à atriz Teresa Lima um curso de dicção. Mas foi há muito tempo e ultimamente não temos realizado nenhuma formação. Está na altura de voltarmos a fazer algo de semelhante, pois alguns novos leitores não tiveram nenhuma formação e acho que ganhariam em fazê-lo. Em qualquer caso, as pessoas que se dispõem a fazer as leituras vêm ter comigo e eu faço uma primeira triagem…
Quem escreve as intenções da Oração dos Fiéis?
É o P. Zé Manel que as escreve e propõe.
Há algum grupo de reflexão dos textos das leituras de cada fim-de-semana?
Houve durante uns anos um grupo que não só refletia sobre os textos do fim-de-semana seguinte, como escrevia as intenções da Oração dos Fiéis. Hoje não. Mas há alguns grupos informais de reflexão sobre a Bíblia.
Quantos coros há em Santa Isabel?
Temos três coros (o da missa das 11h00 de domingo é o menos “formalizado”). Ao todo, devem estar envolvidas neles mais de 30 pessoas. Mas muitos são paroquianos que também participam de outros modos na vida da paróquia. Por exemplo, no coro da missa das 19h30 de domingo há muitos catequistas.
Quantos são os padres que celebram regularmente em Santa Isabel?
Três: o P. José Manuel Pereira de Almeida (pároco); o P. João Eleutério; e o P. Peter Stilwell. Celebram em Santa Isabel, mas também na Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Largo do Rato e na Capela do Centro Comercial das Amoreiras (mas aí é quase só P. Peter, exceto ao Domingo que é o P. Alexandre Palma).
Na paróquia há um agrupamento de escuteiros?
Há um agrupamento muito grande. São 67 e há uns quantos mais velhos que permanecem ligados ao agrupamento. E estão muito envolvidos na paróquia. Aliás, uma das razões para o Diogo Assunção ser do Conselho Pastoral, é por ele ser o representante dos escuteiros.
Como se desenvolve a ação social da paróquia?
O principal organismo é a Conferência de São Vicente Paulo que tem vindo a sofrer um processo de rejuvenescimento muito interessante. O novo responsável é o Bernardo Barreto e há vários jovens ativos, alguns não crentes, mas interessados em ajudar pessoas mais necessitadas; atualmente são apoiadas 100 pessoas. Temos também o projeto Família a Família que envolve mais de 15 famílias. Mas há também outras intervenções que a paróquia promove, como o Projeto Amigo que acolhe pessoas que vivem na rua e o projeto “Mais Próximo” que organiza visitas e acompanha pessoas de idade que vivem sozinhas.